Acalanto

Elétrica ainda a pele que arde sob o fluxo da energia.

No impulso, aço no músculo tenso;

veludo para os lábios no auge da fantasia.

Sem pensar na cor exata, a noite tingiu os cabelos

e elétrica ainda a alma se contagia.

O ar que expulsas pelas narinas entra na minha boca e seca.

Magnética, a palavra incerta cai como uma luva sobre o rosto banhado de sal, no embaraço de uma confissão às avessas.

Onde a frase de efeito que não me vem à cabeça...

O silêncio sai sob medida debaixo das mãos vazias que o desejo move.

Ouves o rumor do rio distante?

Então fecha os olhos e dorme que essa noite a lua está pela metade e as águas vão tremer mansamente dentro da escuridão.

ROSE VIEIRA
Enviado por ROSE VIEIRA em 04/07/2017
Código do texto: T6045835
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