Soneto do meu sonho impedido
Meu sonho impedido
Interferiu na estação da vida
Foi o teu gesto nunca esquecido
Nos meus pés, como folha caída.
Meu sonho impedido, e erguido,
No alto da primavera desfeita
Viu um pássaro passar ferido
Dentro de nuvem estreita.
Ambos feridos por desejo
Um por ter sido atingido
O outro por não ter sido eleito
Voam felizes agora, sem nenhum sacrifício.
Reclamando um ao outro
A ordem do seu ofício.