APÓS A TORMENTA
 
O vento das dunas
levanta a poeira rasteira,
que repousava em seu leito
sem nada saber do futuro,
que virá, eu te asseguro,
há de vir por bem, por mal
concreto e verdadeiro.
Diferente? Eu não sei,
pode ser que seja igual.

Conchas de pensamentos
trazem formas e figuras
para encher a noite escura,
pressagiando a tormenta.
E ela chega e arrebenta,
leva tudo em suas águas,
as tristezas, as grandes mágoas...
Mas se acalma, acalma e fica,
bem depressa frutifica
em esperanças renovadas.