Ungüento

Euna Britto de Oliveira

www.euna.com.br

Não sou uma ilha.

Faço parte de um universo de pessoas comuns.

Como do pão amassado com o suor do meu rosto.

Simples como a pomba

E prudente como a serpente

Eu deveria ser,

E não sou.

Agora, agüento.

Ungüento para minha ferida

São as palavras do Mestre.

Lamentos não pagam dívidas

Nem recompõem momentos.

Creio que o mal não resista

Onde impere o Bem!

Minha esperança é festa!

Gosto desta vida atrevida

Que me faz vestir de vermelho

E me joga na cama

Para dormir com os meus sonhos.

Depois, acorda-me e dá corda

Para percorrer caminhos

Desenhados em pergaminhos,

Que não me mostraram,

Mas adivinho.

Sonhei com a Ene Mathias, de Goiás,

Chegando a Belo Horizonte.

Nunca vi a Ene,

Mas conheço sua Poesia.

É bela!...

A vida hoje não está vazia.

Uma esperança me habita.

Veste seu hábito marron

A Santa de meus segredos.

Roga por todos nós

A Senhora Aparecida!

Euna Britto de Oliveira
Enviado por Euna Britto de Oliveira em 13/08/2007
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