Já passou
Eu vi, eu vi de longe uma rainha acuada
Em um castelo, com uma quarta parede
Em sua sensatez sacrificou seu cão
Estrebuchava seus súditos
Ela foi expulsa de cabeça erguida
O fantasma não lhe intimidava
Como passas, não se sabe, o quê
Rápido arrumaram o palácio
Os homens não perdem uma luz
No fundo do túnel, apagam
Oh o tempo não é mentiroso
Uns vão acelerando para não caírem
Outros pegam carona na insensatez
Há aí quem seja o Judas
Nas europeias não há redenção
A maioria sofre, outros pulam de alegria
Não é carnaval, é a terra do carnaval.
Varenka de Fátima Araújo