Matando-me aos poucos

Eu,

Sempre muito covarde

Demasiadamente cauteloso

Nunca me permiti viver

Tudo que em meus sonhos

E em minha cabeça

Era possível viver.

E hoje,

Quando vejo que o tempo passou

— E ele sempre passa

Que parte de minha vida

Ficou para trás

Percebo o quão ridículo é ser eu.

Embora,

Os sonhos ainda venham

Visitar-me às noites:

Querem ficar

— Mas não podem

Querem realizar-se

— Mas não deixo

Querem ser vividos

— E não vivo

Querem reviver

Tudo que em mim já está morto:

— Mas este sou eu.

Um Rapaz Meio Estranho
Enviado por Um Rapaz Meio Estranho em 03/08/2017
Reeditado em 03/08/2017
Código do texto: T6073469
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