Kubla khan

Em Xanadu Kubla Khan Decretou

Na camera do prazer celestial

Onde o rio sagrado Alph corria

Em cavernas que o homem não mediria

Em um mar pelo sol não explorado.

O solo fértil se estendia

Com ameias trançadas ao dia

Nos jardins e trilhas sinuosas

Florescia uma árvore de incenso

Em florestas tão misteriosas

Com raras manchas ensolaradas.

Mas ah! O profundo abismo romântico

Na colina, coberta de madeira cortante

Lugar selvagem! Santo, como um cântico

Pois, a lua em prantos é amaldiçoada

Por uma dama e seu demoníaco amante

E do abismo, inquieto e fervente

Como se a terra respirasse inocente

Uma fonte surgiu, no momento forçada

E vindo de seu jato interrompido

Fragmentos caíram como granizo

Ou grãos que somem sem aviso

E dentre as rochas em sua dança

Correu acima o rio sem temperança

Seguindo seu caminho sinuosamente

E dentre a madeira o rio corria

Até as cavernas que o homem não mediria

E afundou em tumulto num mar sem vida

E nesse tumulto, Kubla ouviu da terra

Vozes ancestrais profetizando guerra!

A sombra do prazeroso domo, ela

Flutuava por dentre as ondas

Onde foi ouvida com cautela

Da fonte e das cavernas sem sondas

Era um milagre, com todo o direito de Sê-lo

O domo de prazer, ensolarado e feito de gelo!

Uma donzela e um saltério

Eu tive essa visão um dia

Era uma abissínia escrava

E com seu saltério, ela tocava

Cantando do monte Abora

Ah! Se pudesse tê-la dentro de mim

Sua música e sinfonia

Um êxtase tão profundo viria a mim

Que com sua música e sua harmonia

No ar, o domo talvez eu construa

Prazeroso domo! Ensolarado e de gelo

E todos que ouviram os veriam então

E todos gritariam Atenção! Atenção!

Seus olhos brilham, seu cabelo flutua

Teça um círculo a sua volta com riso

E feche seus olhos com medo e castidade

Pois ele se alimentou do mel da eternidade

E bebeu o leite do Paraíso.

Samuel Taylor
Enviado por Elvis Andrade em 04/08/2017
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