MADRUGADA

Tereza Cristina Saraiva

Sinto medo da madrugada

Onde quase podemos escutar o silêncio.

Sinto medo dos quases

Dos possos

e dos quases idos.

Sinto angústia do nada e do vazio.

Do pouco ou quase tudo

Dos sons abafados

Da música mal tocada.

Da noite assombrada.

Da fome do infinito

Sinto medo do sonhar

E do pesadelo

Tenho que perder o medo de tudo.

Tekinha
Enviado por Tekinha em 05/08/2017
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