SUFOCOU
Sufocou sua crença
Escondeu seu tambor
Pegou o santo do branco
E com o nome...
O nome do seu o batizou.
O tambor material calou-se
Só o tambor do espírito
Do espírito soou.
Escravo do branco
Foi tratado com...
Com ódio e rancor.
Viveu de sobras...
Sobras e chicotadas
E seu grito...
Grito de dor ecoou...
Ecoou no ar.
Já não tinha casa,
Não tinha vontade,
Não tinha vez,
Não tinha lugar.
Mas seus santos
Eram mais fortes
Sua fé mais vigor.
Lutou como bravo guerreiro
Às vezes até a morte...
Morte que tornou-se...
Tornou-se liberdade.
Já não há mais...
Amarras,
Gritos,
Dor,
Mas ainda há preconceito
Que fere, que mata
E faz distinção de cor.
Eu Llô