Solidão - 04

És como as rosas que se abrem,

em minha alma fria.

Em minha vida vazia.

Em meus sonhos perdidos.

Em minhas esperanças findas.

És a solidão a atormentar meus dias.

Abrigas-te, assim.

Dentro dos meus vazios pungentes.

Dentro do meu olhar ofuscado,

pelo tempo.

Que se foram como caravanas,

nos áridos desertos empoeirados.

Dos dias.

Deixando restos e pedaços

De lembranças que fenecem

Em meio aos destroços

Em paginados por essa solidão!