A CALÇADA DA GARAGEM

Passando hoje,

na calçada da tua casa,

pisei forte,

pois,

a calçada não é tua!

A calçada é da rua,

é do povo,

é minha!

Pisei mais firme

na calçada da garagem.

Pensei:

com qual coragem

vou deixar de me lembrar...

...daquelas vezes,

que o portão eu segurava

contra o vento que soprava

em desfavor da minha saia!?...

E quantas vezes me dizias:

solta o portão...

... segura a saia,

minha princesa, minha rainha! (toda minha)!

E vieram os desencontros,

ah! que terríveis desencontros...

... nunca mais nos encontramos!

Perdemos o jeito?

Esquecemos daquela felicidade?

Jura que não sente saudade!?...

O que faríamos hoje,

se és um covarde,

e uma covarde eu sou?

Oh! vida minha!

Em qual galáxia tu te escondes?

Hoje eu senti saudade!

Por Deus, por nós,

pelo amor,

em qual galáxia tu te escondes?

Hoje, pisei em tua calçada,

deixei marcas de indelével saudade,

principalmente na calçada da garagem!!

CaminheirA

16/08/17

CaminheirA
Enviado por CaminheirA em 16/08/2017
Reeditado em 16/08/2017
Código do texto: T6085701
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