Fardo

Agora escrevo,

Nesse mesmo instante

Minha mão carrega este fardo,

a pesada pena que se arrasta.

Finca no papel o que sou

Ou deveria ser ou o que me nego.

Isso não me faz rei

Ou servo, não sou deus

Nem mesmo quero.

Por que escrevo

Me faço eterno

Pois o que tenho

São apenas vestígios

Do que um dia fui

E que nesse momento

Se reverbera.

Pois pra ser eu

Preciso ser poeta.

Filipereira
Enviado por Filipereira em 26/08/2017
Código do texto: T6095976
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