Clandestina.
Cabelos desesperadamente
no lugar,
quando só carecem
desalinharem.
Um olhar manso,
escondendo um universo
insano.
Lábios cuidadosamente
pintados,
camuflando sua textura
áspera;
segurando silêncios
gritados.
Corpo coberto,
alma nua;
vulcão;
meus desejos
cospem no padrão.
Sentimentos contidos,
implorando por exageros,
afrontando medos.
E a todo momento,
escolho meu avesso;
me esqueço.
Acordo,
mas não abro os olhos.
Ouço minha própria voz
me tocar:
-corra daí!
Eu,
estou rasgando toda essa lã,
revestida em mim.