Poema 0137 - Assim te amo

Quero que soprem os ventos, a luz se faça negra!

Minha alma amanhece calma depois do amor,

tenho sonhos, divididos, somados, inteiros,

sou porto e, ao mesmo tempo, o mar, o barco.

Quero estrelas iluminando dentro dos corpos,

mesmo que uns não queiram, que amem,

condeno o mundo a ser feliz com amor igual.

Quero amar como sol, presente ou não no horizonte,

ainda que o corpo coberto de vestes inúteis,

ver no nu todos os sonhos tresloucados de homem,

tomar os beijos sem bocas, os sabores sem beijos.

Quero descobrir paixões sem sombras do passado,

o calor que milhões de velas não se comparam,

as vozes sussurrando ao ouvido o tom do amor.

Quero não esquecer outros amores que ficaram,

as tristezas que foram com as tardes,

as amantes que visitei no meio da madrugada,

a fome do corpo, do sexo, da paixão, da alma.

Quero o beijo que começa no meio da noite,

o sono depois dos corpos saciados,

os olhos com brilho de quem ama loucamente.

19/01/2005

Caio Lucas
Enviado por Caio Lucas em 08/03/2005
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