Sem nome

Nascida entre a natureza

Esculpida com tenra beleza

Moldada com leve sutileza

Sou a própria delicadeza

Poucas são minhas inimizades

Tantas são as minhas irmandades

Um sorriso e a sensação de liberdade

Não preciso de muito pra ter felicidade

Pelos vales que cavalguei

Minha marca sempre deixei

Nos corações que toquei

Doce amor plantei

Com as lágrimas que derramei

Canteiro de flores reguei

Todo o amor que semeei

Sei que sempre colherei

Dias difíceis sempre estão por vir

Tantas coisas que já vi partir

Tantas vezes que me senti a cair

...Mas nunca me verá desistir

Me abrace com todo seu fulgor

Sinta todo o meu calor

Tenho duvidas de como amar

Mas, nunca aprenderei a odiar

Há quem me deu traição

Em troca do meu calor

Rezo por ti...mesmo a chorar

Só restará dor, a quem não sabe amar...

Estou além de suas mãos

Nunca mais poderá me tocar

Tudo não passou de ilusão

Mas, meus olhos voltaram a enxergar

Cada lágrima que derramar

Melhor poderei enxergar

Doce fruta a amadurecer

Vaidades a dissipar...

Que a menina do meus olhos se dilatem

Dancem a mais bela canção...

Que os meus sonhos lapidem

Tudo que há em meu coração

Amo a vida, amo respirar

Amo adormecer, amo acordar

Quem aprende a conjugar amar

Não tem tempo pra odiar

Com minha fé a guiar

Caminhos difíceis a passar

Pedras pequenas não podem atrapalhar

Quem tem o mundo a conquistar

Sou verbo em ação contínua...

Não posso ser conjugada...

Não pertenço a ninguém...

Sou mulher.