No Turbilhão

Senhora, atrás da sua

porta vive o amor (fé)

que desejo.

Ando pedindo aos dias

que passam

um pouco mais de memória.

Foram negros os anos

que

partiram meu espelho.

Ando pedindo para os anjos

de mármore

a divina paciência.

Eu sou a madrugada chuvosa.

Estou farta da cela,

farta de fingir.

Cansei de esperar que a dor passe.

Cansei de esperar que

o ferimento se estanque.

Meus sonhos se enrodilham no catre.

Senhora, devolva o meu xaile.

Eu o perdi nas cirandas do céu.

Tinahh
Enviado por Tinahh em 02/09/2017
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