Ápice da raiva

A cor da Romã

me faz sentir...

Mui breve, mamã terra me exilará.

Num sono descrente

vestirei a túnica negra.

Verei de perto as fuças parda do cão.

A noite não mostrará unhas toscas,

nem me afagará com tato.

A contragosto servirei de escárnio.

Chomp! ...Chomp!...

Burp!.. Burp!...

Os gordos papudos

sairão pelo oritimbó.

Arghn!... Urgh!...

Minha pobre carniça exalará

ovo podre...

Peido ruim...

Larvas e moscas.

Ando cansada e com raiva das folhas

Cansada das noites falantes,

Das peripécias das mãos

talhando minhas coxas

Do que me vale essa porra toda?

Do que me vale o infeliz do cetro?

Melhor seria pascer

Dezembro com Agosto.

Tinahh
Enviado por Tinahh em 03/09/2017
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