Suplício

A pirâmide real do meu orgulho,

Hoje que apenas sou matéria e entulho

Tenho consciência de que nada sou.

Entorpeço-me em teu sorriso

Embriago-me em teu amor, o amor é ilícito

Oh droga suprema, no ardor do sonho

Debruço-me em noite plena

Doce plenitude o qual nos faz sonhar

Percorro-me outra vez no brilho do teu olhar

Abandono os mais louváveis pensamentos

E no epílogo da minha existência

Tento compreender a tua ausência

Brilho destes meus olhos apagou!

Indo de encontro ao precipício

Recordo-me do início, a sua vida

Iniciaria e quanto a minha, esvairia.