Cantinho da solidão

Cantinho da solidão

Um cômodo escuro

Frio e sedento por força vital

Lá se assemelha com um deserto

O qual não há paz...

Uma voz ecoa

Um gemido brando

Temperado com doses de sofrimentos...

Certas horas o uivo vem

Expeli de dentro da alma

Porém, é impronunciável

Ficando no ar aquela interrogação...

A cada vez mais é armazenado

Montões de dores

Agrupados uns ao outros

Formando um litígio

E cada sentimento ordinário

Luta para tomar posse...

Um conflito cotidiano evoca

Todo esse enorme pesadume

Constante na vida do ser solitário

Em meio a sua selva de emoções...

A decadência vem

Misantropo adornado de ódio

Entrajado de execração

Pelas pessoas que nada tem nada a ver

Aquele som, vocifera...

Em seus olhos as lágrimas se avermelham

Tingidas de sangue

Escorrem e caem ao chão

Daquele cárcere que é o seu quarto

Denominado, cantinho da solidão...

Lá jaz uma alma esquecida por si mesmo...

Felippe Lacerda
Enviado por Felippe Lacerda em 06/09/2017
Código do texto: T6105991
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