POEMA DO NADA
 
Meu poema independente
se guia, a si mesmo, sem tema.
Hoje o dia nasceu lindo,
mas já vai em seu declínio
por sobre as ondas do mar.
Água verde, cristalina,
parece brincar - é menina,
no eterno vai e vem
da maré sempre a rolar.
Anoiteceu, surge a lua.
Namorados de mãos dadas
passam, repassam com graça
esquecidos, não perdidos.
O amor compensa tudo,
seja o último ou o primeiro.
Ah! Revoada do mundo,
onde perdi meus janeiros?

            .  .  .


 Jacó Filho
Pelas praias de Iracema,
Andava a tua procura,
Mas Deus proibiu a cena,
Pra manter a tua alvura...