POEMA DO ONTEM
 
O meu poema eu escrevo,
e pergunto até se devo
contar toda a longa história
deste amor tão dividido,
que soa como um castigo,
mas não me sai da memória.

Tem impulsos de inimigo,
carícias tênues de pássaro,
me aconchega num abraço,
me repele, desafia,
me atormenta, me angustia.

Me namora, vai-se embora,
retorna pra matar a fome.
grita, então, pelo meu nome
mendigando piedade.

Eu não sei qual a verdade
nesta dúvida que me assalta,
que o meu peito maltrata,
me fere, machuca, me mata.

É uma desordem completa,
desenho turvo e cinzento,
vai-se o sonho do poeta,
só resta choro e lamento.

Vaga imagem sem paisagem,
vinha verde, uva azeda,
não aplaca a minha sede,
não me traz boa mensagem.

E o desgosto me consome,
neste poema do ontem.

        .  .  .


 Jacó Filho
Ainda bem que passou,
E hoje é outro dia.
Sinta na minha poesia,
Toda força do amor...


 Norma Aparecida Silveira Moraes
CADA DIA DO PASSADO
A ALMA VAI COBRANDO
SAUDADE DO BEM AMADO
A ALMA VAI AJUNTANDO

TODO SER HUMANO TEM UM BAÚ
NA ALMA DE SAUDADES, DE PENSAMENTOS..
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