Homem – objeto!

Tempo, sonho sem compasso,

laço do meu destino.

Traço do que sou

se vou contra tudo,

se ainda estou mudo

em meu desatino!

Terra! Vida sem planeta,

ampulheta de outro tempo,

controvérsia de um momento,

universo do sem tempo,

sem espaço, sem destino...

Eu, menino já crescido

tenho tido nos meus passos

o cansaço dos meus dias:

Tão vazias paisagens,

sem mensagens, poesias...

Tento...

Sei que tento

Mas não consigo a resposta;

dou as costas ao relento...

E me sento...

Nada vejo, tudo espero!

Nada quero, nem desejo!

Quase vivo... não vegeto!

Sou um homem-objeto?

Poeteiro
Enviado por Poeteiro em 19/10/2005
Código do texto: T61072