Amo a poesia
que brota das horas
que invade a lembrança
e acendo o olhar.
Que bem de mansinho
vem
qual onda em sussurro
meu canto embalar.

Amo a poesia
que brinca comigo
escondida em palavras
que quase ningém vê.
Mas a poesia que mais amo
é aquela estradeira
poesia liberta
que mora em você.


- Do livro: Poemas para fim de tarde, p. 35 -