Prólogo de vida

Eu, que já tenho 22 anos de vida

Ainda não vivi muito

Mas já vi que não é fácil

Você leva uma rasteira

Se não for ágil

É como lutar capoeira

Sem saber gingar

Claro que irei apanhar.

Muitas surras

Mal conseguirei levantar

Feridas tão profundas

Que me fará sangrar

E detestar está vivendo.

Sempre que levanto

Conto meus estragos

E trago todos comigo

Para somar a conta de quanto

Ao fim de tudo estarei fudido.

Já tenho uma boa soma

Se fosse dinheiro

Dava para morar em um castelo

Na cidade de Roma.