no que me faz

Eu vivi e vivo nas trevas

Escondido

Com as mãos cheias de calos

Podes me julgar

Como bem entender

Mas isso mostrara bem mais sobre você

Do que sobre mim

Esqueça os momentos

Todas noites passadas

Foram um branco no preto

Sim, no mesmo objetivo

Querendo apenas encontrar a escuridão novamente

Na qual eu possa me esconder

Pois você não sabe nada sobre mim

Ninguém sabe

É verdade

Sinto intensamente

Você tentando ser diferente

Mas não adianta insistir

Serei sempre o solo de guitarra

Impossível de se tocar perfeitamente

Serei o gênio burro

Serei esse contraste que causa revolta

Mais e mais

No perto do distante

No fácil do intolerante

No lixo que se recicla

Na arte censurada

Na música errada

No ritmo que te faz dançar

Na doença não curada

No apêndice não retirado

No no.

Na língua estrangeira

Na exigência

Na porra de uma consoante petulante

Na repetição do óbvio

Para me fazer terminar o infinito

Pois o homem se alimenta do fim

Invés do começo.

- G.

Gonçalveski
Enviado por Gonçalveski em 04/10/2017
Reeditado em 04/10/2017
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