no que me faz
Eu vivi e vivo nas trevas
Escondido
Com as mãos cheias de calos
Podes me julgar
Como bem entender
Mas isso mostrara bem mais sobre você
Do que sobre mim
Esqueça os momentos
Todas noites passadas
Foram um branco no preto
Sim, no mesmo objetivo
Querendo apenas encontrar a escuridão novamente
Na qual eu possa me esconder
Pois você não sabe nada sobre mim
Ninguém sabe
É verdade
Sinto intensamente
Você tentando ser diferente
Mas não adianta insistir
Serei sempre o solo de guitarra
Impossível de se tocar perfeitamente
Serei o gênio burro
Serei esse contraste que causa revolta
Mais e mais
No perto do distante
No fácil do intolerante
No lixo que se recicla
Na arte censurada
Na música errada
No ritmo que te faz dançar
Na doença não curada
No apêndice não retirado
No no.
Na língua estrangeira
Na exigência
Na porra de uma consoante petulante
Na repetição do óbvio
Para me fazer terminar o infinito
Pois o homem se alimenta do fim
Invés do começo.
- G.