NOTURNO
Ruas desertas,a cidade está adormecida...
Sem rumo saio a caminhar
apenas levando uma maleta cheia de livros
que jamais deixarão de me acompanhar.
Mais distante ainda,da minha vida,daquela rua
mil lembranças começam a despertar
dentre elas,a imagem dos meus brinquedos
que um dia,tive que abandonar.
É madrugada,estou pelas ruas a vagar,
como eterno menino-aventureiro,
viajarei por esse mundo inteiro.
Se por um acaso,algum dia sentir saudade,
abrirei um velho livro com as fotos da cidade,
mas,é claro,que não penso em retornar.*
*Este poema faz parte da antologia poetica ''Prêmio Cultura Nacional, IV edição''.Foi declamanda no Teatro do Sesc, em Vila Mariana,São Paulo, por ocasião da Entrega do Troféu, que recebeu o nome da antologia. Organização Ordem da Confraria dos Poetas do Brasil e Shan Editores.