A noite
Tens como a beleza
o segredo ameno de ser
és brio do poeta,
és como a gaivota
que outrora volta ao cais...,
bela
sábia
és caliente
como apalpar a musa
no gosto dum beijo.
a noite dos boêmios,
a noite enamorando na praça,
na estação...
és a chave do desejo
e quando vens acasalada
com a lua
torna-se mais saciável
que a própria ganância do amor.
A noite
vem na sabedoria
daqueles que sabem amar,
mesmo quem não desperta
este mero desejo
sabe que a noite,
é escura,
mas gostosa
e nos acorda
para nos escondermos
num novo amanhecer.
Antônio Cazumbá 2000