A noite

Tens como a beleza

o segredo ameno de ser

és brio do poeta,

és como a gaivota

que outrora volta ao cais...,

bela

sábia

és caliente

como apalpar a musa

no gosto dum beijo.

a noite dos boêmios,

a noite enamorando na praça,

na estação...

és a chave do desejo

e quando vens acasalada

com a lua

torna-se mais saciável

que a própria ganância do amor.

A noite

vem na sabedoria

daqueles que sabem amar,

mesmo quem não desperta

este mero desejo

sabe que a noite,

é escura,

mas gostosa

e nos acorda

para nos escondermos

num novo amanhecer.

Antônio Cazumbá 2000

Antônio Cazumbá
Enviado por Antônio Cazumbá em 05/10/2017
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