Marinha
O mundo é tóxico, e eu percebi que sou também
Foi duro admitir pra mim, pior é ter que esconder isso de alguém
O que gera a atmosfera, seria inveja, amor, medo ou guerra?
Ficar caido mata, levantar doi
ansiedade e pânico me corroem
os ratos roem, ouvidos doem, choro por ser aquém
olhos focam so em, quem? Ninguém... cores dançam, garganta queima e eu me sinto além
Tremor na respiração, piso no piso e sinto afundar o chão, as costas e costelas queimam ao encostar no colchão, e quando as horas passam esboço um sorriso, alívio, era tudo imaginação.
As pessoas de todos os dias agora geram dúvida, seria fantasia?
Poderiam serem atores de tamanha maestria, desconfio de mim mesmo, corro em busca de respostas a esmo, por que saber a verdade dara no mesmo, respostas multiplicando a questão e vaidade.
Se eu souber a verdade, conseguirei manter a sanidade? Essa rede passa além da cidade, cruza o mar, a linha, eu me tornei um marinheiro sem nem saber a técnica marinha
Vagando pelo céu, estrelas, e voltando pro inferno
aliás por que projetamos o futuro se o passado é tão moderno?
se o presente é voltar pro mesmo lugar, a escuridão em meio a luminosidade, e falsa felicidade que insisto em esperar?
Seria eu compreensível demais ou dormente, de saber que a dor é fria e não quente, que a fome se escuta e não se sente
pois é que assunto profundo.
Antes de partir quero ter certeza se é o mundo contra mim, ou eu contra o mundo.