Sobre ele.
Ele não sabe,
mas me pertence.
Sempre o deixo ir,
mas não de dentro de mim.
Quando o desejo por ele
aperta,
sei onde encontrá-lo;
logo,
estou eu lá,
tocando-o,
sem encostar.
Ele é melodia,
que espanta
todos os meus medos;
o dedilhar dos seus dedos,
me despe por inteiro.
Tão livre,
tão meu.
É simples,
é leve; e
também desconexo.
Vou embora,
sem fechar a porta;
pra ele,
nunca digo
adeus.