Sobrevida
A casa em que durmo e acordo não é a casa dos meus sonhos, e o pior,
também não é a casa dos meus pesadelos.
È a casa, da realidade da minha vida.
O que é vida?
O que é morrer?
Não sei dizer!
Pois, não tenho vida, mas vivo!
Vivo morrendo na minha sobrevida.
Vivo morrendo de fome.
Vivo morrendo de frio.
Vivo morrendo de medo.
Vivo sendo humilhado.
Vivo morrendo de vergonha, vergonha de sobreviver com a incerteza
do amanhã e com a certeza das minhas necessidades que não tenho
certeza se vou conseguir supri-las.
A única certeza que tenho na vida, é que nasci para um dia morrer.
(Rosângela T. dos Santos.)