Pontual
Que hora é essa que está a marcar?
Se do nascer do sol ao seu poente
Já passa da hora de acordar da gente
Mas continuei dormindo e sonhando em amar.
Eu que grito com um berrante o amor:
Que se desembesta, como um touro brabo
Que não tem quem segure pelo rabo
E chifra esse pobre vaqueiro amador.
Fiquei em silêncio, perdi a voz
Que no fim, não há mais nós
Somente eu e você, individual
E meu relógio não está quebrado
Já se pós o sol, sei que está tudo acabado,
Mas você sempre foi a mais pontual.