De que lado estou?

Me sinto num inverno

há muito tempo; e

as noites

continuam quentes.

Sozinha,

ando pelas ruas da cidade,

congelo o que resta de lucidez;

aqueço algumas tempestades.

Não me segure,

estou indo me encontrar.

Não quero defesa,

eu quero me fitar.

Posso machucar,

nem sempre sou amável;

outras vezes,

me verá fazendo laços,

até no inextricável.

Mesmo delicada,

posso destruir grades.

Não venha controlar

minhas vontades;

é irresistível; é indispensável,

dar uma volta,

no meu lado selvagem.

Jusci Loiola
Enviado por Jusci Loiola em 13/10/2017
Reeditado em 20/04/2018
Código do texto: T6140997
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