De que lado estou?
Me sinto num inverno
há muito tempo; e
as noites
continuam quentes.
Sozinha,
ando pelas ruas da cidade,
congelo o que resta de lucidez;
aqueço algumas tempestades.
Não me segure,
estou indo me encontrar.
Não quero defesa,
eu quero me fitar.
Posso machucar,
nem sempre sou amável;
outras vezes,
me verá fazendo laços,
até no inextricável.
Mesmo delicada,
posso destruir grades.
Não venha controlar
minhas vontades;
é irresistível; é indispensável,
dar uma volta,
no meu lado selvagem.