Quando nasce os aleijões

Eu gostaria de escrever um poema fenomenal,

Que tocasse mentes e corações,

Que se transformasse em canções

Que mitigassem a agonia e a dor de qualquer coração,

Jovem ou velho,

Solitário ou multidão,

Eu gostaria de escrever esse poema...

Mas minha pena é torta e lamacenta,

Em meio à alegria e à leveza

Põe escuridão e tristeza, solidão.

Me vem não sei de onde uma angústia e se faz presente,

Se embrenha nas palavras,

Olhos vermelhos,

Último suspiros,

Sangue quente penetrando na areia...

Eu sou torto de alma,

Alma penada viva perdido dentro de mim

Cujos gritos lamoriosos me tiram o sono,

Me tiram a vontade de ser reto como gostaria de ser neste mundo...

Enquanto o poema que eu gostaria de escrever não vem,

E ele nunca se fará,

Jamais os meus dedos o derramarão,

Ficam essas coisas torpes aqui,

Como aleijões daquilo que só pude desejar...

Ah, meu amigo, minha amiga, como queria te fazer bem...

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 14/10/2017
Código do texto: T6141998
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.