SERTANEJA

Numa casinha de pau e terra,

Branca, no alto da serra

Ela vive contente;

Vendo a chuva distante,

Sob um sol escaldante

Ela trabalha sorridente.

As suas mãos calosas

São botões de rosas

Que enfeitam os jardins;

O seu corpo de sereia

Na imensidão passeia

Encantando os confins.

Entre as flores multicores

E os alados cantores

Ela exibe sua beleza;

Num vestido de chita

Ela fica mais bonita

Que a própria natureza.