Paz Noturna

Fujo das tardes claras

Pois me cegam os olhos

Impedindo que eu veja

O horizonte necessário

Embotando minhas vistas

Com seu ar quente

Calando a Natureza

No alarido das ruas

Incomodando meu corpo

Com seus raios ardentes

Que consomem minha força

E queimam minha calma

Mas a noite...

Ah! A noite!

Da noite não quero sair!

Pois é nela que vivo feliz

No escuro das ruas mortas

No silêncio de suas horas

No aconchego da lua cheia

No prazer de sua demora

Mas a noite, ò noite seminal!

Fujo das tardes claras

Como quem procura

No escuro das últimas horas

A paz de uma noite fresca

Fabio Ferreira S
Enviado por Fabio Ferreira S em 19/10/2017
Reeditado em 15/10/2018
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