Febre
Na tirania do quarto fechado
Vislumbro o leito de lençóis brancos.
E da ampla janela vejo o mar dourado e azul!
De repente, sou invadida por brancas nuvens que imitam formas diversas.
E me perco no tempo...
Os dedos do tempo tocam meu rosto com leveza e pelo meu corpo percorrem as dores ocasionadas por uma dessas viroses do verão.
Dos meus olhos emana um calor apenas menos intenso que o calor da minha língua.
O que posso finalmente dizer de mim: quem queima de febre, morre de frio.