Febre

Na tirania do quarto fechado

Vislumbro o leito de lençóis brancos.

E da ampla janela vejo o mar dourado e azul!

De repente, sou invadida por brancas nuvens que imitam formas diversas.

E me perco no tempo...

Os dedos do tempo tocam meu rosto com leveza e pelo meu corpo percorrem as dores ocasionadas por uma dessas viroses do verão.

Dos meus olhos emana um calor apenas menos intenso que o calor da minha língua.

O que posso finalmente dizer de mim: quem queima de febre, morre de frio.

Hilda M Valentim
Enviado por Hilda M Valentim em 22/10/2017
Código do texto: T6150189
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