Ponto.

Ao fim de um poema, já sou outra:

Escrevo poemas como quem escreve cartas para os mortos

ou para os amantes que já foram.

O ponto final estabelece o fim de uma era, e o começo de outra.

Escrevo como quem queima álbuns de fotografia,

apaga tatuagens,

queima pontes.

Amanda Damasio
Enviado por Amanda Damasio em 06/11/2017
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