Ponto.
Ao fim de um poema, já sou outra:
Escrevo poemas como quem escreve cartas para os mortos
ou para os amantes que já foram.
O ponto final estabelece o fim de uma era, e o começo de outra.
Escrevo como quem queima álbuns de fotografia,
apaga tatuagens,
queima pontes.