Rabiscos de mim.
Não tenho medo do escuro,
nem de me arrepender;
não fujo dos pensamentos confusos,
nem pretendo tudo entender.
Exagero nas lágrimas;
eu não prometo nada,
ora me queimam,
ora limpam a minha alma.
Quando a minha voz
não diz o que sinto,
dos meus olhos
transborda
todo o meu íntimo.
Minha emoção,
insiste em enfrentar
a razão.
Fazem as pazes;
outras vezes,
nem se falam.
O meu querer
não engana;
ele sangra,
nunca brincou
de se esconder.