LILIAN MINERVA LÍLITE

Fogo no peito

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E um grito de paixão

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Banho de estrelas

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E sexo com milhões de poetisas

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Assombrosa à decapitar o tempo

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Eu estou imerso no mar de contradições

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Aclama o mar de minha pobreza

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Liberta-me do ódio do prazer

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Assolam milhões de prostitutas da loucura

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Perdido em trevas no luar de Pandora

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Ó desgraçado tempo das idas e vindas de palhaçadas

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Desafogado no leito do preconceito

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Eu estou pedindo socorro

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Eu estou sendo interrado com vislumbres do vazio

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É a lírica do amanhã

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Acodem o pecado das ilusões

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Estraçalhem o luar junto com Perseu

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Transe com Ártemis e depois aborte Júpiter

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Ó invasão de imemoriais invisibilidade das quimeras

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Tragam os oceanos Leviatã do terrível final

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Estou morto, estou preso, estou no interior do pesadelo

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Ainda no aqui é agora invocarei os deuses da colheita

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Infindável é os prazeres da juventude

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Aclamem as pedras que rolam na fronte dos espíritos

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Veja! É o abrir dos portões da morte

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Veja! É o adeus de anjos no exílio

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Ó veja! É o prolongar das terras novas de marfim e prata

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Ó é o desabrochar do milênio traiçoeiro

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É o clamor de um rapaz sujo de sêmen...

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É o gemer de Helvira no teu êxtase...