Jardim da saudade

Por entre flores e lápides

O corpo vagueia

Em meio a tantos nomes e datas

A alma tateia

Do alto, as folhas se agitam

Ao sabor da brisa inquieta

E os pássaros a pressentir

O fim dessa busca incerta

Tanto tempo se passou

Difícil aceitar

Que nada será como antes

Antes dessa busca terminar

Por que?...

É a pergunta que não quer calar

A resposta?...

Um dia há de se mostrar

Flores, pedra e saudade

Foi tudo o que restou

Daquelas metades perfeitas

Que o tempo não resgatou

Encontros, desencontros

Idas, vindas e idas...

Por que a vida é assim?

Feita de chegadas e partidas!...