Condenação.

Por mil anos minha alma vagueia.

Entre sonhos e pesadelos.

Bebendo do cálice das maldições.

Prisioneira no limbo dos mistérios.

Caminhando a sombra do Vale da morte.

Por entre neblinas.

Uma trilha de pedras e espinhos.

Iluminada pela lua de sangue.

Carregando o fardo da condenação.

Levando consigo o livro do enigma da morte.

Andando a beira do abismo.

Por entre fendas que guardam segredos.

Dos primórdios dos tempos.

De feitiços rezas magias e encantamentos.

Ouvindo vozes gritos murmúrios e sussurros.

Correntes sendo arrastadas e badaladas de sino.

Mas nada vejo apenas ouço.

Por muito tempo venho sofrendo calado.

Ouvindo os cânticos dos anjos caídos.

De hinos esquecidos no tempo.

De juras quebradas.

E falsas promessas.

Aqui nesse lugar.

Meu coração lamenta.

A dor desse tormento.

Nessa eterna condenação.

Direitos Reservados ao Autor

Valentim Eccel

Eccel
Enviado por Eccel em 20/11/2017
Reeditado em 13/10/2022
Código do texto: T6176795
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