BIS
Até quando terei que esperar
pra ver se alegrar
esse povo sofrido e oprimido.
Até quando terei que gritar,
ficar escondido ou me indignar
pelos desmandos dos chacais,
Já esperei demais...
Por ora vou vivendo enfim
quase sem ter razão,
amargo a ilusão
de que não vai ser sempre assim.
Sigo guardando o não
pra uma rebelião
dento de em mim.
Até quando terei
que fazer da poesia meu fuzil,
dormir pra esquecer
e nunca ser feliz,
se quando tudo está
perto de acabar
vem logo um poderoso e pede bis.
Saulo Campos - Itabira MG