Diáfano nestas trevas rochosas, 
O prado invade meus aposentos, 
Avulta suas raízes primitivas, 
E de suas seivas faz-se o rito, 
Acrisolando a vida aos cantos das aves, 
No entoar dos rios o mantra das matas. 
Infindamente a brisa celeste, 
Beija a luz do sol, 
Rico ornamento da matéria, 
Ao chão de rastros em prece, 
Sussurrando a alma atenta, 
A opulência das asas. 
Às covas as promessas, 
O último olhar de mãos estendidas, 
Acariciando o junco da terra, 
Na certeza de se tornar semente.


 
Sirlanio Jorge Dias Gomes
Enviado por Sirlanio Jorge Dias Gomes em 23/11/2017
Reeditado em 23/03/2018
Código do texto: T6180250
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