Mente no escuro

Desveras

Eu fui imprudente.

Dei espaço

Abri a mente

Querendo respostas

Plausiveis.

Quem dera

Pudesse

De maneira mais fácil

Obtê-las.

Sem perder as estribeiras

E a noção do mundo real.

E eu ainda nem tenho

Resposta alguma.

Não que questionar

Seja perda de tempo.

Mas ocupa tanto tempo

Que mente nenhuma permanece igual.

A não ser as que ignoram

Detalhes.

Talvez

Não seja natural

Despir-se da moral

E de ideologias

Retrógradas.

E não saber

Se ter a certeza

De que um ponto de vista explorado

É o que é realmente valido.

Desvaneios sombrios

De quem pensa demais

Não entende nada

Só tem fé

De que apressiar a mente no escuro

Trará   luz

Pra clarear o seu chapéu

E o seu derradeiro passo.