Arbítrio refúgio em alva noite, 
Minh'alma a deriva neste penoso mar, 
Porto suplício da minha jornada, 
Jugo vicioso dos meus desejos, 
Inerte nas sombras longe do cais. 
Venere  a luz o meu último riso, 
Cousa dúbia neste peito de açoites, 
Em seus delírios ósculos da morte, 
Penumbra em vendavais ao réprobo, 
Fugaz loucura em flores mórbidas. 
Aos ventos meu último discurso, 
Beijo deste olhar doído,
Fragmentado em rimas tristes, 
Prefácio da minha despedida. 
Refuta herança meu ser declina, 
Neste chão frio eterno leito, 
Borrões vívidos displicentes, 
Ária mortis do servo desmedido.
Sirlanio Jorge Dias Gomes
Enviado por Sirlanio Jorge Dias Gomes em 27/11/2017
Reeditado em 10/03/2018
Código do texto: T6183242
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.