SE O POEMA É MEU CORPO

Os caminhos da palavra

por entre os sentidos

por vezes são líquidos,

nem sempre são claros.

Um mergulho no metal frio cala nossa voz em busca de signos límpidos.

Se o poema é meu corpo

nele moro, eu mesmo o canto.

Talvez para não ouvir

se houver no quanto do campo for outro corpo semântico

o burburinho estéril e inútil do mapeamento dos infortúnios.

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Baltazar Gonçalves

Baltazar Gonçalves
Enviado por Baltazar Gonçalves em 27/11/2017
Reeditado em 19/01/2018
Código do texto: T6183570
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