SE O POEMA É MEU CORPO
Os caminhos da palavra
por entre os sentidos
por vezes são líquidos,
nem sempre são claros.
Um mergulho no metal frio cala nossa voz em busca de signos límpidos.
Se o poema é meu corpo
nele moro, eu mesmo o canto.
Talvez para não ouvir
se houver no quanto do campo for outro corpo semântico
o burburinho estéril e inútil do mapeamento dos infortúnios.
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Baltazar Gonçalves