Recluso,
Segue avante o maltrapilho,
Nestas vielas pardacentas,
Náuseo misantropo carrancudo,
Espiando o tempo em suas aversões,
Insubmisso valente cego,
Desprovido de uma espada.
Sórdido mirar tinhoso pesar,
Cruel pedinte enfadado,
Diante desta fortalezas moucas,
Campanários de burburinhos,
Atrozes cadafalsos vorazes.
O solo regurgita seus mortos,
Cólera profana de embustes,
Gritos impelidos no silêncio,
Pegadas desbotadas a ermo.
Aquém do inferno o sangue,
Funeral das máculas humanas,
Miserável concerto das tribulações,
Ardiloso fim de mãos fúteis.
Sirlanio Jorge Dias Gomes
Enviado por Sirlanio Jorge Dias Gomes em 30/11/2017
Reeditado em 09/03/2018
Código do texto: T6186324
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