Paisagem marinha

Deslizam espumas reluzentes
Na superfície calma e cerúlea
Velas cortam o horizonte
Sob elas, o mar é paciente.
 
Rasgam o ar em rasantes voos
Gaivotas barulhentas e famintas
Tolos  peixes falham em fugir
E o mar, maldosamente, ri.
 
Na areia, o casal distrai o tempo  
Meio dia, o sol ardendo a pino
Não há brisa marinha ou vento
Só o mar gelado... batendo.
 
Nem percebem a onda violenta
Que o menino à beira d´água entretido
Derruba e arrasta sem motivo.
E o mar, sem trégua, arrebenta.
 
Quando acodem, assustados e aos gritos,
Já então o menino não respira
Choram lágrimas urgentes e aflitas
Mas o mar, indiferente, se retira.

 
Melisas Ribeiro
Enviado por Melisas Ribeiro em 01/12/2017
Reeditado em 01/12/2017
Código do texto: T6187369
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