"Velho Carpinteiro de Palavras"

Não tenho de onde voltar, porque nunca fui.

Sobram-me idas que não fiz...

e voltas não tenho mais como sombrear...

Nada sei das eternas aves e nem nunca ouvi

o canto abissal e encantado do rouxinol

que dança melodias, bico colado

em meus ouvidos de poema...

Sou musa de um “velho carpinteiro de palavras”

que preferiu calar-se a embevecer-me

com o inusitado de seu belo e amado poetar...

Por isso, sobram-me idas que nunca fiz

e não tenho como voltar de onde nunca fui...