ESTRELA EXTINTA
Não é mais um personagem que fala.
O Centro dessa sala são os os vultos
e quem conta a hora que chega.
Essa valsa é triste, como várias outras.
Repete infinitamente a imitação das estrelas.
Caminhos tortos entre os pés em esquiva,
que ultrajam o chão com sua mal feita escrita.
Relíquias de outros tempos, que habitavam o multiverso.
No peito bate uma arquitetura pequena,
de pulsos elétricos, ressentimentos e falta de fé.
Agora que a feiura habita as paredes,
o sono é como névoa para abafar as culpas.
Ouvir ao longe o que diz a poesia extinta,
é criar ilusões para mais este fio de vida.