ESTRELA EXTINTA

Não é mais um personagem que fala.

O Centro dessa sala são os os vultos

e quem conta a hora que chega.

Essa valsa é triste, como várias outras.

Repete infinitamente a imitação das estrelas.

Caminhos tortos entre os pés em esquiva,

que ultrajam o chão com sua mal feita escrita.

Relíquias de outros tempos, que habitavam o multiverso.

No peito bate uma arquitetura pequena,

de pulsos elétricos, ressentimentos e falta de fé.

Agora que a feiura habita as paredes,

o sono é como névoa para abafar as culpas.

Ouvir ao longe o que diz a poesia extinta,

é criar ilusões para mais este fio de vida.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 09/12/2017
Código do texto: T6194587
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